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Sindicato leva apoio a 240 famílias do MST acampadas na Floresta Nacional de Chapecó

Sem água e energia, 50 crianças enfrentam frio e chuva na esperança de conquistar terra para os pais cultivarem produtos agroecológicos

Publicado: 17 Junho, 2016 - 15h24

Escrito por: Confetam/CUT

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Ordem judicial determina desocupação até o dia 28 de junho

Com chimarrão quentinho, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) receberam, nesta quinta-feira (16/06), dirigentes e funcionários do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região (SITESPM-CHR). Eles foram prestar apoio e levar alimentos para as 240 famílias acampanhadas na Marcelino Chiarello, nome dado a ocupação do MST na área da Floresta Nacional do município, que fica na divisa com da cidade de Guatambu. 

A presidenta do Sindicato, Vania Barcellos, manifestou à coordenação do movimento solidariedade e apoio à luta dos sem terra e destacou que a bandeira da reforma agrária também é dos servidores municipais da Região Oeste organizados pelo SITESPM-CHR. “Desejamos aos homens e mulheres que fazem parte do acampamento força e sucesso nesta luta”.

Mesmo com frio e chuva, as famílias resistem às condições adversas com a ajuda de instituições e de muitas pessoas. Elas estão instaladas embaixo de lonas, sem água, nem energia elétrica. Para aquecer, apenas fogão a lenha e chimarrão.

Cultivo de produtos agroecológicos

As famílias vieram de diversos locais da Região em busca de terra para produzir e viver. A intenção é destinar uma parte dos 800 hectares de plantação de pinos para o cultivo de produtos agroecológicos. “O objetivo dos acampados é produzir no local produtos agroecológicos para a comercialização nos centros urbanos, como Chapecó. Dessa forma todos ganharão, tantos os assentados quanto a população, que passará a adquirir produtos saudáveis”, afirma uma das coordenadora do movimento.

Além dos adultos, cerca de 50 crianças estão no acampamento, dessas 18 frequentam a escola na Fazenda Zandavalli, município de Guatambu. “Um ônibus escolar passa para pegar as crianças do acampamento e levar para a escola, garantindo a frequência escolar”, explica a coordenação do MST.

A ocupação iniciou no dia 04 de junho e, segundo a coordenação, existe uma determinação judicial para as famílias desocuparem a área até o dia 28 de junho. Por isso, várias articulações estão sendo realizadas para que seja definida a situação em favor dessas famílias.

Com informações do SITESPM-CHR