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Servidores municipais de três cidades paralisam atividades

Servidores de Itapiúna, Itapipoca e Canindé iniciaram movimentos grevistas na última semana

Publicado: 24 Julho, 2014 - 00h00

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Servidores municipais de três cidades cearenses iniciaram, nesta semana, movimentos grevistas. As paralisações envolvem trabalhadores dos municípios de Itapiúna (110 km de Fortaleza), Itapipoca (147 km) e Canindé (120 km) e fazem parte da Campanha Salarial Estadual dos Servidores Municipais liderada pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal no Estado do Ceará (Fetamce), organização que reúne 146 sindicatos de 162 municípios do Estado.
Em Itapipoca, segundo informações da Fetamce, os trabalhadores reivindicam reajuste adicional de 4,9% para professores e piso de R$ 750 para os demais servidores da educação, além da universalização da política prevista na Lei do Piso, que reserva um terço da carga horária de professores para planejamento e atividades extraclasse. O “um terço”, como é conhecida a medida, chegou a ser implantada pela gestão municipal, mas, de acordo com a federação, apenas em algumas escolas.
No município de Canindé, professores de nível superior recusaram a proposta da Prefeitura de aumento salarial de 1,5% e exigem reajuste semelhante ao dos profissionais de nível médio (8,5%).
Já em Itapiúna, trabalhadores da saúde reclamam de salários atrasados há mais de dois meses e estão, desde 10 de junho, em estado de greve. A categoria, segundo a Fetamce, deverá se reunir em assembleia amanhã para votar possível paralisação.
Falta de diálogo
“Depois da Copa começou o segundo semestre, então, tudo o que não foi negociado no primeiro semestre se acirra. Muitas categorias já tinham iniciado discussões sem avanços”, explica a presidente da Fetamce, Enedina Soares. De acordo com ela, a falta de um diálogo permanente entre os gestores e os servidores municipais favorece situações de greve em várias cidades do Estado.
Entre os 184 municípios cearenses, segundo a presidente da Fetamce, apenas cinco possuem leis que regulamentam a negociação coletiva. “Boa parte dos municípios precisa ameaçar uma greve para conseguir uma audiência com a prefeitura”, considera.
Segundo a presidente da Fetamce, além dos profissionais dos três municípios, professores de Barreira e servidores da área da saúde Ocara realizarão assembleias e também poderão decretar estado de greve.
Fonte: CUT Nacional