Escrito por: Confetam/CUT

Servidores discutem sobre conjuntura econômica e política do Brasil

Atuação frente à crise foi pautada por correntes ideológicas da Confetam/CUT

A avaliação comum das correntes ideológicas que formam a categoria dos servidores municipais é de que a conjuntura atual demanda muita competência por parte da classe trabalhadora para apontar saídas para a crise política e econômica enfrentada pelo país. As discussões aconteceram junto da palestra conduzida pelo diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, na manhã desta terça-feira (29), durante a 7ª Plenária Nacional da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT). Vlamir Lima, da corrente O Trabalho; Antonio Neves, da EPS; Jandyra Uehara Alves, da Articulação de Esquerda; Alex Souza, da Esquerda Marxista; e Graça Costa, da Articulação, criticaram, também, as saídas neoliberais apontadas pelo segundo governo Dilma. O representante d’O Trabalho falou sobre o perigo da retomada neoliberal e de Estado mínimo. “O plano Levy vai ao contrário do que a gente propôs quando elegeu a presidenta Dilma. Somos contra a tentativa de derrubar o Governo Dilma, mas temos lado, que é o da classe trabalhadora. E a CUT aponta na perspectiva de uma outra política econômica”, disse. Antonio Neves, por sua vez, falou do histórico de submissão da classe trabalhadora no Brasil desde o regime de escravidão. O representante da EPS lembrou que as disputas e as dificuldades de hoje se desenharam no passado e que o desafio é romper com esse modelo. Para a Articulação de Esquerda, o Governo errou ao apontar o ajuste fiscal para os mais pobres. Jandyra Alves lembrou que outras medidas, como a progressividade da tributação e a taxação das grandes fortunas, seriam saídas mais adequadas. A Esquerda Marxista criticou duramente as alianças do Governo Federal e as pautas que inibem a liberdade de manifestação no Brasil. Para Alex Souza, a saída é lutar contra a austeridade e não apoiar medidas como o Plano de Proteção ao Emprego (PPE). Já Graça Costa, da Articulação, chamou à responsabilidade os trabalhadores. “O momento é de resistência e de puxar o governo para esquerda. O movimento sindical tem que ser mais propositivo. Não podemos ficar calados no nosso canto achando tudo ruim, sem avançar na pauta da classe trabalhadora, não podemos nos intimidar. E agora é hora de nos preparar para fortalecer a luta”, enfatizou.