Escrito por: Sindserv SBC

Servidores da educação de São Bernardo do Campo decretam estado de greve

Categoria planeja paralisação em junho contra o retorno das atividades presenciais

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Os servidores e servidoras da rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo (SP) decretaram estado de greve, após assembleia extraordinária virtual realizada com a direção do sindicato da categoria (Sindserv SBC) na última segunda-feira (24/05). A medida é uma resposta categórica ao retorno das atividades presenciais na Educação, anunciado pela administração do município no início de maio, durante live do prefeito nas redes sociais.

Além do estado de greve, os servidores aprovaram novas medidas, entre elas a paralisação das atividades no dia 11 de junho, a realização de assembleias permanentes para acompanhamento do dia a dia das atividades na Educação e a criação de uma campanha de comunicação com o funcionalismo e população em geral.

Também serão realizadas atividades virtuais com a categoria a cada live que for realizada pelo prefeito, como forma de rebater a série de informações distorcidas que tem sido divulgada pela administração sobre o retorno das aulas presenciais e da infraestrutura que deveria ser oferecida aos servidores e servidoras.

Lembrando que o estado de greve é um apontamento à administração e informação à comunidade sobre a insatisfação dos trabalhadores, dando um prazo para a administração pública para que, se as medidas necessárias para a contenção da disseminação do coronavírus nos locais de trabalho não forem tomadas, os servidores terão de parar totalmente o atendimento aos alunos, causando verdadeiros danos a aprendizagem. Os profissionais da educação municipal estão desde março de 2020 (quando foi decretado a pandemia no Brasil) trabalhando com os próprios recursos para atender de forma eficaz aos alunos.

A categoria se mostra na torcida para que todos sejam imunizados o mais rápido possível, para que as aulas possam ser retornadas sem restrições. No momento atual, a categoria entende que recorrer ao home office é garantir o distanciamento social e evitar, assim, a propagação da COVID-19 pela cidade. Na contramão, a administração municipal tenta estabelecer uma falsa normalidade, colocando toda a população em risco.

É preciso que os servidores se unam e mostrem à população a preocupação com a vida de todas as pessoas. Vamos à luta pelo direito fundamental do ser humano, o direito à vida.