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Municipais voltam às ruas no Dia do Trabalhador para barrar reformas

CUT convoca caravanas à Brasília e governo recua diante da pressão, atrasando a tramitação das matérias por falta de votos para aprová-las

Publicado: 04 Maio, 2017 - 13h13

Escrito por: Déborah Lima

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Servidores públicos municipais do Ceará representam a Confetam no ato de Fortaleza

Servidores públicos municipais uniram-se a diversas categorias e ocuparam as ruas de todo o Brasil, na última segunda-feira, 1º de maio, para celebrar o Dia do Trabalhador com grandes protestos contra a agenda de retrocessos do governo ilegítimo de Michel Temer.

Os atos contra as reformas trabalhista e previdenciária e a Lei das Terceirizações se espalharam por inúmeros municípios e pelas principais Capitais do país, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília.

Considerado um 1º de Maio histórico, realizado dois dias depois da maior greve geral realizado nos últimos tempos, o objetivo foi pressionar os parlamentares a se posicionarem contra as reformas do governo golpista na Câmara e no Senado e exigir novas eleições para retirar Michel Temer do Palácio do Planalto.

CUT convoca caravanas à Brasília

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais centrais sindicais que organizaram a greve geral de 28 de abril e os atos nacionais de 1º de maio avisam que não darão trégua ao governo. A CUT, por exemplo, já agendou novas manifestações em Brasília a partir da próxima semana.

Estão previstas caravanas dos estados para a Capital Federal entre os dias 8 e 12 e de 15 a 19 de maio como continuidade das mobilizações para barrar a tramitação do PL 6787, que revoga direitos previstos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e da PEC 287, que acaba com o direito à aposentadoria, cujo texto-base foi aprovado nesta quarta-feira (03) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

Reforma da Previdência no Plenário da Câmara

Aprovada na Comissão, a PEC da reforma da Previdência segue agora para o Plenário da Câmara. Prevista para a próxima semana, a votação pode ser adiada, pois o governo ainda não reúne os 308 votos necessários para aprovar a matéria, que enfrenta forte rejeição da própria base aliada do governo no Congresso Nacional.

Reforma trabalhista segue para o Senado

Já o PL da reforma trabalhista seguiu para apreciação do Senado, depois de ser aprovada por 296 votos a 177 no Plenário da Câmara dos Deputados, em 26 de abril. Em função da articulação contrária do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, à aprovação do PL na Casa, a tramitação do projeto, que precisa dos votos de 49 dos 81 senadores para ser aprovada, também deve ser atrasada pelo governo.

Governo não tem votos para aprovar reformas

Nesta quarta-feira (3), Renan Calheiros, ex-presidente do Senado e maior liderança do partido de Temer na Casa, recebeu líderes das centrais sindicais e senadores de posição. Na ocasião, ele parabenizou os trabalhadres pelo sucesso da greve geral de 28 de abril e reconheceu que a reforma trabalhista é um "desmonte".