Escrito por: Manoel Ramires

Municipais de Curitiba entram na greve geral do dia 28

Em assembleia, servidores decidiram realizar ato conjunto em maio contra pacotaço de Greca

Léo Silva
Decisão foi tomada em assembleia no dia 24 de abril

“Os servidores municipais de Curitiba, em sua totalidade, deliberaram por aderir à greve nacional. Ela é convocada pelas centrais sindicais no dia 28 contra a terceirização, reforma da previdência e reforma trabalhista”, afirma Irene Rodrigues, secretária de Saúde do Trabalhador da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).

Essa foi a decisão final dos trabalhadores que se reuniram, na noite do dia 24, em assembleia conjunta de cinco sindicatos. A decisão entende que é necessário pressionar o governo federal contra medidas que retiram direitos da classe trabalhadora.

Outra decisão importante é aumentar a pressão pela retirada do Pacote de Maldades do prefeito Rafael Greca (PMN), que tramita na Câmara Municipal de Curitiba. Para isso será realizado um grande ato no dia 8 de maio, além de indicativo de greve para o dia 15 do mesmo mês.

“Nós estaremos no dia 8 com um ato conjunto dos sindicatos. Nosso indicativo de greve é o dia 15. Até lá, nós vamos fortalecer os ambientes de trabalho, vamos debater com nossa categoria nos coletivos para que essa greve aconteça de uma forma unificada e forte”, complementa Irene Rodrigues.

A data do dia 15 para início da greve geral leva em consideração o calendário da Câmara Municipal de Curitiba. Nesse sentido, ficou definido que caso os vereadores antecipem a votação, a greve pode ser antecipada.

O pacotaço de Rafael Greca prevê a mudança da data-base de 31 de março para 31 de outubro, congela plano de carreiras, cria uma lei de responsabilidade fiscal que esmaga salários e inibe reajustes salarias acima de 70% do que foi arrecado na receita corrente líquida. O prefeito ainda pretende cortar vale alimentação mensal de servidores que faltaram um dia sem justificativa.

Contra a população, o prefeito quer cobrar IPTU de famílias pobres que eram isentas, além de aumentar a taxa, e cobrar taxa de lixo desses. Greca ainda aumenta o imposto para transferências imobiliárias até R$ 300 mil, atingindo em cheio a classe ligada ao Minha Casa, Minha Vida. Nesse projeto, o prefeito não aumenta impostos para os mais ricos.

Para a vereadora professora Josete, que esteve na assembleia, é possível impedir que o pacotaço seja aprovado na CMC. “Já estamos em dez vereadores [na oposição] e podemos conquistar mais dez. Tendo vinte, podemos derrubar esse pacote. Então, vamos à luta e nenhum direito a menos”, incentiva a vereadora.

Programe-se

28 de abril

Greve Geral contra Reforma da Previdência e Trabalhista

Concentração Praça Nossa Senhora de Salete

9 horas

8 de maio

Ato conjunto dos municipais contra Pacote de Maldades

Câmara Municipal

15 de maio

Indicativo de greve geral