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Atos nacionais e internacionais pedem a saída de Temer do Palácio do Planalto

No primeiro mês do governo ilegítimo, completo neste domingo (12), Michel Temer enfrentou protestos em 34 cidades brasileiras e no exterior. Manifestações internacionais prosseguem nesta semana

Publicado: 13 Junho, 2016 - 15h51

Escrito por: Confetam/CUT

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Em Fortaleza, manifestantes ocuparam a recepção da afiliada da Rede Globo

Faltando dois dias para completar um mês de governo golpista, o presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB/SP) enfrentou, nesta sexta-feira (10/06), a primeira manifestação nacional unificada que pede a retirada dele do cargo, com a consequente volta da presidente Dilma Rousseff (PT/RS), afastada do comando do Governo Federal no dia 12 de maio passado.

As manifestações ocorreram em todos os 26 estados do Brasil e em pelo menos 34 cidades brasileiras, incluindo as principais capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. Os atos “Fora Temer” se espalharam pelo mundo inteiro, sendo registrados protestos em Frankfurt, Barcelona, Berlim, Boston, Colônia, New York, Lisboa, Montreal, Munique, Amsterdã e San Francisco.

Protesto internacional

No fim de semana também foram realizados atos públicos contra o golpe em Londres, Bruxelas e Madrid. Estão previstas ainda manifestações quarta-feira (15/06) na Dinamarca e quinta-feira (16/06) em Estocolmo.

“A reação contra o golpe no Brasil se espalha pelo mundo inteiro, que denuncia o ataque à democracia no país e exige a volta da presdente Dilma, afastado do mandato para o qual foi eleita democraticamente por um golpe de Estado forjado pelo Congresso Nacional, com o apoio do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da mídia golpista, representada pela Rede Globo de Televisão”, analisou a presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira.

Fora Globo!

Em Fortaleza, manifestantes ocuparam a recepção da TV Verdes Mares, repetidora da Globo no Ceará, em protesto contra a cobertura tendenciosa da emissora, que tenta legitimar o golpe em 2016, assim como fez 52 anos atrás, quando também apoiou, como a maioria dos veículos de comunicação brasileiros, o golpe civil-militar de 1964.

Em Salvador, cerca de 10 mil pessoas participaram do “Fora Temer” na Praça Castro Alves. Em Natal, mulheres aproveitam o Dia Nacional de Moblização para protestar contra o deputado federal Jair Bosonaro (PSC/RJ) e a violência de gênero. Na fachada do Museu da Repíblica, em Brasília, foi projetada a frase “Não ao Golpe”.  No Rio, 20 mil manifestantes ocuparam a Cinelândia. Em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP) participou do ato na Avenida Paulista que, apesar do frio, reuniu cerca de 100 mil pessoas.

Plebiscito

A proposta da presidente Dilma de antecipar as eleições presidenciais, a partir da convocação de um plebiscito, repercutiu entre os manifestantes. O próprio Lula disse discordar da ideia, cogitada pela presidente durante entrevista à EBC. Para ele, a prioridade agora é exigir a saída de Temer do Palácio do Planalto. 

Opinião do ex-presidente é compartilhada com o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. "O mais importante para os movimentos sociais aqui é impedir o golpe. E a coisa mais importante que nós construímos é essa linda unidade da esquerda para retomar a democracia e impedir que o golpe aconteça no país. Impedindo o impeachment, nós discutiremos medidas de mobilização popular contra o retrocesso. Discutiremos todos os temas no momento adequado", afirmou o presidente da CUT.