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Em Brasília, sindicalistas reúnem-se em ato contra PL da terceirização

Publicado: 16 Abril, 2015 - 00h00

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Movimentos sindicais, liderados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), fizeram um ato, no centro de Brasília, contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que regulamenta os contratos de terceirização. Na Rodoviária do Plano Piloto, na área central da cidade, os sindicalistas caminharam pelo local gritando palavras de ordem, entregando panfletos e falando com os passageiros que esperavam para embarcar nos ônibus.
O ato durou pouco mais de uma hora e meia. Os manifestantes reuniram-se em frente à sede da CUT-DF e, às 17h, seguiram na Rodoviária do Plano Piloto, localizada ao lado. Com auxílio de um carro de som, líderes sindicais protestavam contra o PL em uma rodoviária cada vez mais cheia, à medida que se aproximava das 18h e as pessoas saíam do trabalho.
O ato terminou por volta das 18h45. Segundo a CUT, o movimento chegou a reunir 1.500 pessoas, já a Polícia Militar estima em torno de 200 manifestantes. O ato transcorreu tranquilamente, sem confusão ou interrupção do tráfego de veículos.“Esse projeto não vem com avanços, apenas prejuízos aos trabalhadores. Esses políticos, quando são candidatos, pedem apoio dos trabalhadores, mas quando são eleitos querem tirar direitos trabalhistas”, disse o diretor da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Luiz Gonzaga de Negreiros. “Esse projeto quebra a estabilidade, quebra o vínculo do trabalhador com a empresa. Ela não vai mais se preocupar em preparar o funcionário para o futuro, vai buscar um no mercado”.
Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT, disse que a entidade tem acompanhado quais deputados têm votado a favor do PL. “A paralisação de hoje é um recado e eu digo com muita firmeza que os deputados podem votar contra nós, mas haverá consequência. Temos um mapa de onde esses deputados tiveram mais voto e vamos denunciar. Esses deputados são representantes do povo, eles precisam ouvir suas bases”, disse. “Esse tipo de coisa nós não aceitamos. Por isso estamos mobilizados, vamos permanecer mobilizados e vamos fazer o que tem que ser feito para não permitir a aprovação desse projeto”.
Editor Fábio Massalli