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Esperança e resiliência são palavras de ordem no Dia do Servidor Público

Neste 28 de outubro, a Confetam/CUT homenageia os servidores municipais e convoca a categoria à luta em defesa da democracia, da autodeterminação dos povos e da soberania nacional.

Publicado: 28 Outubro, 2017 - 10h18

Escrito por: Confetam/CUT

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Neste 28 de outubro, data em que é celebrado o Dia do Servidor Público, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) saúda todos os servidores e servidoras municipais brasileiros/as, em especial aqueles/as que lutam em defesa do serviço público, dos direitos dos munícipes e da categoria. Homenageamos os mais de 6 milhões de servidores municipais de todo o Brasil que se dedicam diariamente a atender a população carente de políticas públicas e necessitada de total assistência do Estado. 

Reverenciamos aqueles que acreditam na luta dos trabalhadores como único caminho possível para se reagir contra a retirada de direitos, a tentativa de destruição do Estado de bem-estar social e sua substituição pelo Estado mínimo, modelo no qual só terão acesso a serviços básicos, como saúde, educação e segurança, quem tiver dinheiro para pagar por eles.

Em mais de um ano de sucessivos ataques ao serviço público desferidos pelo desgoverno do presidente ilegítimo Michel Temer, não temos o que comemorar, a não ser a nossa capacidade de resistência e nossa disposição para a luta contra os interesses do capital internacional que tenta transformar o Brasil num quintal das potências imperialistas, numa Nação rendida ao neoliberalismo.

No Dia do Servidor Público, conclamamos os trabalhadores municipais a reagirem contra o novo processo de colonização que se instala no Brasil a partir do impeachment ilegal da presidente Dilma Rousseff e da posse definitiva de Temer. Precisamos reagir à entrega de todas as riquezas do país e à desregulamentação do mercado de trabalho que beira a revogação da Lei Áurea e banaliza a exploração extrema do homem pelo próprio homem.

Num cenário angustiante, é preciso ter coragem e reunir forças para enfrentar os impactos da reforma trabalhista, que entra em vigor já no próximo mês, da Lei das Terceirizações, da Emenda Constitucional 95, que congela investimentos públicos por 20 anos, e da série de ataques à organização sindical dos trabalhadores.

É preciso ter esperança em dias melhores, que só virão com a luta incansável de uma classe trabalhadora forte, unida e organizada. Mais do que nunca, a unidade é a nossa palavra de ordem. É o caminho para transformar a esperança de dias melhores em ações concretas para reverter o golpe e salvar nossa democracia, sequestrada por um conluio entre os Três Poderes, o Ministério Público, a Polícia Federal e as grandes redes de comunicação, entre tantos atores do golpe de Estado, selado pelo Senado em 31 de agosto de 2016.

Neste 28 de outubro, chamamos os servidores municipais a fazerem da indignação um ato de resistência, a transformarem a esperança em ação concreta e revolucionária, a conjugarem o verbo esperançar, como diria o mestre Paulo Freire, e a se insurgirem contra a injustiça sem jamais desistir da luta. É preciso estarmos atentos para o que estará em jogo em 2018, ano de campanhas salariais ainda mais duras e de uma eleição presidencial que pode selar definitivamente o futuro do Brasil - para o bem ou para o mal,  dependendo de nossa postura política.  

Portanto, não temos o direito de desistir, de perder a esperança. Pelo contrário, nosso dever histórico enquanto sujeitos de nosso destino é transformar adversidades sem precedentes em estímulo concreto para a tão atual lutas de classes.  

Mais do que ir, temos de chamar brasileiros e brasileiras às ruas, convocá-los à luta em defesa da autodeterminação dos povos e da soberania nacional. Cientes de nossa responsabilidade e de nossa grande capacidade de mobilização nacional, seguiremos firmes e resilientes. Somente assim encontraremos o caminho para resgatar o Brasil das mãos de saqueadores e devolvê-lo ao seu verdadeiro dono: o povo brasileiro!