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CUT/SP organiza seminário sobre questão racial e participação na Marcha de Mulheres Negras

Seminário programado para novembro debaterá o combate ao racismo nos 30 anos da Central; mulheres negras organizam participação em marcha no 13 de maio de 2015

Publicado: 11 Julho, 2014 - 00h00

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Em reunião mensal na manhã da segunda (7), o Coletivo de Combate ao Racismo da CUT São Paulo (CUT/SP) discutiu a programação de atividades para novembro próximo, marcando as reflexões do mês da Consciência Negra e, ainda, a participação da Central na organização para a Marcha de Mulheres Negras, entre outras pautas.
Oficializada na III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir 2013), a Marcha de Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver se realizará em 13 de maio de 2015, em Brasília (DF), com o objetivo de dar visibilidade às questões raciais femininas, abordando questões como a violência, diversidade e reparação histórica.
Marcha será lançada nacionalmente em 25 de julho e, no dia 28, ao público cutista na 14ª Plenária Nacional“Queremos refletir sobre o papel das mulheres negras como alicerce na construção da sociedade brasileira e fazer uma referência à luta dos povos ancestrais", afirma a secretária de Combate ao Racismo da CUT/SP, Rosana Aparecida Silva. A dirigente disse que, na ocasião da Marcha, será entregue um documento com as reivindicações dessa população ao próximo/a presidente e governador/a.
O evento será lançado nacionalmente no próximo dia 25 de julho, com ações em diversas capitais divulgando um manifesto pela Marcha das Mulheres Negras. Na capital paulista, o lançamento será a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), situado na Praça da República nº 282, região central. A atividade será aberta ao público, com participação de diversas organizações do movimento negro, entidades cutistas, entre outras.
Segundo Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), a marcha será marcada pelo protagonismo das mulheres negras por conta das especificidades dessa população, mas a proposta é agregar também a participação dos homens e dos não negros/as.
“Queremos todos e todas nessa marcha para que a sociedade brasileira entenda porque estaremos nas ruas no próximo 13 de maio", diz Sandra, que ressalta a importância da presença da Central em caminhadas históricas como a de Zumbi dos Palmares e de Dandara, marchas precursoras de outras mobilizações do movimento negro em todo o país.
Seminário –
Outro encaminhamento da reunião do coletivo é a realização de um seminário nos dias 6 e 7 de novembro próximo, abordando as questões raciais ao longo dos 30 anos da CUT/SP.
Além da retrospectiva do período, o evento discutirá a paridade na Central e apresentará palestra sobre branquitude, que, no conceito da socióloga britânica Ruth Frankenberg (1957-2007), está ligada à ideia/atitude, individual ou coletiva, que sustenta o argumento da superioridade branca, inclusive com privilégios e a permanência do conservadorismo que mantém as desigualdades. O combate ao racismo será discutido como contraponto ao debate.
Por fim, os participantes foram comunicados sobre a reunião do Coletivo Nacional de Combate ao Racismo que se realizará a partir das 14h no próximo dia 28, primeiro da Plenária Nacional da CUT, no Centro Cultural Adamastor, em Guarulhos. Na ocasião, haverá o lançamento da Marcha de Mulheres Negras ao público cutista, ressaltando a importância do engajamento dos/as dirigentes, além da campanha Basta de Racismo: no trabalho e na vida, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) e divulgação de pesquisa do Dieese sobre a questão racial.
Fonte: SINDSEP