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CUT se reúne com Mourão e defende direitos dos trabalhadores

Em reunião da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com Hamilton Mourão, presidente da CUT diz que proposta do governo não pode retirar direitos da classe trabalhadora e que haverá luta.

Publicado: 07 Fevereiro, 2019 - 16h34

Escrito por: Vanilda Oliveira

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Vagner Freitas disse ao vice-presidente Humberto Mourão, nesta quinta-feira (07), que a CUT não aceitará uma reforma da Previdência que retire direitos da classe trabalhadora e que Central está mobilizada para lutar contra a proposta do governo. O texto oficial da reforma ainda não foi divulgado, mas declarações dos ministros divulgadas pela imprensa apontam uma mudança que prejudica os trabalhadores e trabalhadoras.

O presidente nacional da CUT conversou com Mourão, pessoalmente em Brasília, no bojo de reunião solicitada pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) para discutir geração de empregos e denunciar a pressão das montadoras Ford e GM, que têm plantas no ABC, sobre os trabalhadores.  A Ford ameaça deixar São Bernardo e a GM diz que sairá do País. 

Vagner Freitas e o Secretário-Geral nacional da CUT, Sérgio Nobre, acompanharam o presidente do SMABC, Wagner Santana, na reunião. “Aproveitamos o ensejo para dizer  ao vice-presidente do País que essa reforma da Previdência que está sendo posta na mídia não tem a nossa concordância. Não vamos aceitar nenhuma proposta que retire nossos direitos”, disse.

“Os trabalhadores sabem que o nosso papel aqui é defender o emprego, a indústria brasileira de qualidade para que ela gere empregos de qualidade. Defendemos uma Previdência Social pública, para todos, que não se torne poupança de banqueiro”, afirmou o presidente da CUT, referindo-se ao sistema de capitalização que vem sendo colocado pelo governo como alternativa ao modelo vigente de aposentadoria.

 Sindicatos fortes

Wagner Santana, presidente do SMABC, entregou carta ao vice da República (leia a íntegra aqui). “Nós elencamos os problemas e dissemos ao Mourão que o País tem de ter uma indústria forte que gere empregos, e empregos de qualidade. Temos de ter uma indústria que transforme, com novas tecnologias, e que, para isso, precisamos de incentivos, de um BNDES fortalecido, de um sistema de qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras que prepare para um Brasil competitivo”, disse o dirigente dos Metalúrgicos do ABC

Segundo Santana, “não dá para um país que, saiu da 6ª para a 9ª posição no ranking da economia indústria, caminhar para 10ª, 12ª posição”. “Isso tem que ser estancado e essa é uma questão que tem a ver diretamente com a geração de empregos”, afirmou.

O presidente da CUT destacou, mais uma vez, a importância de os sindicatos serem fortes e interlocutores da classe trabalhadora. “Porque não existe democracia sem sindicatos fortes. Não existe democracia sem que os trabalhadores tenham legislação que os protejam”.

Vagner Freitas informou ao vice-presidente que no dia 20 próximo será realizada Assembleia Nacional da Classe Trabalhador e o Dia nacional da Mobilização para construir alternativas de enfrentamento e de organização dos trabalhadores contra uma reforma da previdência que retire direitos.