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CUT e Fetam/SE cobram apuração do atentado a sindicalistas de Campo do Brito

Lideranças sindicais de Sergipe prestam apoio aos companheiros do Sindibrito e Sintese.

Publicado: 30 Outubro, 2015 - 15h54

Escrito por: Iracema Corso/CUT-SE

CUT-SE
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Diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Sergipe (Fetam/SE) mobilizaram-se no ato "Abaixo a pistolagem", no município de Campo Brito, em solidariedade aos sindicalistas Lucinara (presidente do Sindibrito) e Zé Carlos (Sintese). Eles tiveram sua casa alvejada na madrugada da sexta-feira (23). A manifestação contou com a presença de lideranças sindicais do Sindasse, Sintese, Sindserve Canindé, Sindserve Socorro, Sindtic, Sindsluzi e Sindacsei.
 
Presidente da CUT-SE, o professor Rubens Marques reforçou a cobrança do pagamento do salário integral dos trabalhadores de Campo do Brito e cobrou da Secretaria de Segurança Pública (SSP) a apuração do atentado. “Os sindicalistas que lutam pelos direitos dos trabalhadores não podem ser acuados e ficarem amedrontados por este tipo de ação criminosa. Viemos dizer que estes sindicalistas atacados têm o nosso apoio e que cobramos o empenho da SSP para investigar e descobrir o quanto antes quem são os mandantes deste crime, pois numa cidade tão pequena como Campo do Brito não deve ser tão difícil encontrar os culpados. Assim como a SSP trabalha rapidamente na investigação de crimes contra os ricos e poderosos neste estado, também seja rápida para proteger esta família de Campo do Brito encontrando e prendendo os culpados”, defendeu.
 
Lucinara Alves agradeceu o apoio dos companheiros da CUT e da FETAM/SE neste momento crítico pelo qual sua família está passando e também pela situação dos professores e servidores públicos que sofreram várias irregularidades no pagamento dos salários de setembro e têm péssimas perspectivas para os próximos meses. “O que nós fazemos em Campo do Brito é a luta pelo fortalecimento, a valorização e o respeito aos trabalhadores deste município. Esta é a minha bandeira, este é o meu discurso e eu vou continuar desempenhando o meu papel, que é muito importante. Nada do que aconteceu vai cair no esquecimento porque sou uma pessoa que cobra, que luta, todos aqui me conhecem... Por isso eu agradeço de coração o apoio que vocês nos dão neste momento, ele é primordial para nossa luta e faz com que mesmo depois deste atentado a gente não desista de lutar”, agradeceu emocionada.
 
Assembleia Geral
Até o dia 28, ainda havia 40 servidores públicos de Campo do Brito sem o salário de setembro; os professores receberam metade de seus ordenados. Após pressão sindical, manifestação, ocupação da Prefeitura e reunião no Ministério Público, ficou previsto que até o fim desta semana todas as pendências do pagamento de setembro de professores e servidores públicos serão regularizadas.
 
Representantes do Sintese e do Sindibrito se reuniram com o Ministério Público e a Prefeitura para discutir uma opção ao bloqueio judicial das contas do Município. Após a exposição das contas da Prefeitura, foram feitas duas propostas aos sindicatos: o pagamento integral de alguns servidores ou o pagamento parcelado do salário a todos os trabalhadores. Ambos os sindicatos levaram a questão para os trabalhadores decidirem em assembleia geral. Professores e servidores públicos optaram pelo pagamento parcelado do salário para todos os servidores a partir de outubro.