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Confetam exige a punição dos 33 estupradores de menina de 16 anos

Sociedade não pode aceitar que a impunidade seja o combustível a alimentar este crime bárbaro no Brasil

Publicado: 30 Maio, 2016 - 15h49

Escrito por: Confetam/CUT

Gabriel de Paiva
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Adolescente deixa o hospital Souza Aguiar com a mãe após estupro coletivo no Rio

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) vem a público repudiar, com toda a veemência, a conduta do delegado Alessandro Thiers, afastado da delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro depois de perguntar a uma menina de 16 anos, vítima de estupro coletivo, se ela tinha o hábito de "fazer sexo em grupo".

A despeito das imagens do crime terem sido postadas nas redes sociais, no último dia 24, mostrando a jovem nua, desacordada, cercada por homens tocando em suas partes íntimas e dizendo que ela foi violentada "por mais de 30", o delegado perguntou a garota se "houve o consentimento dela, se ela estava dopada e se realmente os fatos aconteceram".

O comportamento do delegado reflete a cultura machista e misógina da sociedade brasileira. Ao invés de oferecer proteção, a autoridade procurada julga a menina estuprada por 33 homens, a maioria ainda impune.

Na pessoa desta jovem, a Confetam/CUT hipoteca solidariedade a todas as crianças e mulheres estupradas diariamente no país, sob os olhos cegos da Justiça, a indiferença do poder público e a criminalização das vítimas.

Na luta contra a violência, é imprescindível vencer o medo e romper o silêncio causado pela vergonha imposta socialmente às mártires de estupros, como se elas fossem responsáveis pelo crime.   

Somente o combate perene à esta cultura machista, que inicia logo na primeira infância, e a luta pela punição exemplar dos estupradores conseguirão libertar nossas crianças, jovens e mulheres de estupros silenciosos. Não permitamos que a impunidade seja o combustível a alimentar este crime hediondo no Brasil. 

Fortaleza, 30 de maio de 2016

Diretoria da Confetam/CUT