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Confetam/CUT repudia ameaça de morte à dirigente sindical de Toledo

Ameaças à vida da secretária-geral do Sindicato dos Servidores Municipais de Toledo foram reveladas por vereadora na Tribuna da Câmara Municipal.

Publicado: 29 Maio, 2019 - 20h13

Escrito por: Sertoledo/Confetam

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Tornamos público que infelizmente as informações recentemente divulgadas pela imprensa são reais. A secretária-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (Sertoledo), Marlene da Silva, está sob ameaça de morte, devido a sua atuação como líder sindical. A descoberta foi feita há aproximadamente 90 dias e o fato revelado somente nesta segunda-feira (27) pela vereadora Marli do Esporte ao usar a Tribuna da Câmara Municipal. O Ministério Público já investiga o caso. 

A informação surpreendeu a todos, pois conforme a própria vereadora as ameaças partiram de um dos seus colegas, ou seja, a pessoa que as ameaçavam dividia todas as segundas-feiras o mesmo espaço no Parlamento Municipal.

O fato ganhou enorme repercussão nos meios de comunicação de Toledo e Região. Marlene da Silva, que retornava de agenda com o Tribunal de Contas do Paraná, confirmou a revelação da vereadora.

A partir da descoberta das ameaças, o Ministério Público foi acionado e instaurou um procedimento investigatório, que passou a ser acompanhado pelo Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (GAECO).

Nesta semana o GAECO finalizou as investigações e concluiu que não houve elementos de prática de improbidade administrativa ou de crime de afeto à Administração Pública, uma decisão um tanto óbvia, mas que, uma eventual ocorrência ilícita, seria correspondente ao de crime de ameaça.

O Ministério Público do Paraná ressalta ainda que, apesar de não caracterizar crime de improbidade administrativa, não afasta a possibilidade de que os fatos sejam encaminhados em outras searas de controle, no sentido de cogitação de crime de ameaça contra a vida da sindicalista Marlene da Silva e da vereadora Marli do Esporte.

Essa denúncia deverá ser encaminhada ao conhecimento da Polícia Judiciária com o registro de um Boletim de Ocorrência, pois o conteúdo da denúncia não afasta a incidência de eventual responsabilidade criminal e cível.

Será registrado um Boletim de Ocorrência contra o vereador envolvido nas ameaças de morte para que a Polícia dê prosseguimento à investigação das denúncias. Todas as medidas serão tomadas afim de preservar a vida e a integridade, não apenas da sindicalista, mas de todos diretamente envolvidos na gestão sindical.

As diretorias do Sertoledo, da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e os servidores públicos do município repudiam qualquer tipo de intimidação, reiteram o total apoio à líder sindical e cobram das autoridades a punição dos envolvidos.

O Sertoledo, a Confetam/CUT e a categoria continuarão firmes no propósito de defender os direitos e interesses dos trabalhadores. Portanto, não nos intimidaremos com as ameaças daqueles que tenham seus interesses pessoais prejudicados.

"Ameaças desse tipo no serviço público não são comuns. Desconhecemos ações tão agressivas nesse sentido e, vindo do Paraná, é algo que nos preocupa porque em tempos de pregação irrestrita de armas nas mãos de loucos inconsequentes, que não sabem conviver com a diversidade, tememos que eles queiram eliminar fisicamente os adversários. E isso é muito preocupante", avalia a presidenta da Confetam/CUT, Vilani Oliveira.

A dirigente nacional orienta todas as entidades representativas dos servidores públicos municipais brasileiros a publicarem em suas redes sociais notas de repúdio às ameaças e de solidadriedade irrestrita à Marlene da Silva para que a categoria possa criar uma rede nacional de proteção em torno da segurança e da vida da companheira.