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Campanha leva debate do racismo e da violência contra a mulher ao Maciço de Baturité

A campanha “Serviço Público de Todas as Cores - Construindo a igualdade de oportunidades através do combate à homofobia, ao racismo e à violência contra a mulher” esteve na cidade de Barreira, no Maciço de Baturité

Publicado: 04 Dezembro, 2014 - 00h00

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A campanha “Serviço Público de Todas as Cores - Construindo a igualdade de oportunidades através do combate à homofobia, ao racismo e à violência contra a mulher” deu continuidade a sua agenda de atividades com a realização de seminário na última sexta-feira (28/11), na cidade de Barreira, no Maciço de Baturité.
Na oportunidade, foi realizado debate focando o combate ao racismo e à violência contra a mulher. Como convidados, a professora Rebeca Alcantara, que é docente da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); e a presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares.
Rebeca Alcantara levou a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Ela afirmou que embora nos últimos anos houve avanços em relação à valorização do negro no Brasil, uma série de desigualdades na vida e no trabalho ainda são impostas à população negra. A professora disse que a "elite branca brasileira" ainda resiste a esses avanços e que é necessário aumentar as políticas afirmativas no país, ao passo que “ampliamos o diálogo com a sociedade brasileira como um todo", afirmou
Já Enedina Soares refletiu como conscientizar a sociedade sobre a não violência, além de aprofundar análises sobre as causas que levam a atitudes violentas e debater os avanços e desafios da Lei Maria da Penha. "A Lei Maria da Penha foi grande avanço, e traz um leque de providências a serem adotadas. A legislação é boa, mas precisa de aperfeiçoamento, de ampliar o número de juizados. Esta é uma atribuição do Poder Judiciário, de ampliar o atendimento da Defensoria Pública, que hoje o faz apenas na capital; de ampliar também a participação do Ministério Público nessas questões. É uma legislação que avançou, mas não é perfeita. Ela é muito boa, mas precisa ser efetivada e ter eficácia", avaliou ela.