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Ato no Dia do Trabalhador reúnem 6 mil em Fortaleza

Organizados pela Confetam e Fetamce, os servidores municipais engrossaram os protestos contra o golpe e em defesa da democracia

Publicado: 02 Maio, 2016 - 14h19

Escrito por: Confetam/CUT

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Trabalhadores caminharam da Avenida Leste até a Barra do Ceará

Mais de seis mil pessoas foram às ruas de Fortaleza para dizer "não" ao golpe neste 1º de maio, Dia do Trabalhador. Os manifestantes reforçaram a defesa da democracia, das conquistas sociais e do resultado das eleições presidenciais de 2014, que elegeram Dilma Rousseff com 54 milhões de votos. Eles rechaçaram um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, classificado de “golpista” pelos participantes da manifestação.

A concentração iniciou na Avenida Leste-Oeste, nas proximidades do antigo kartódromo e da Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará. De lá, os trabalhadores saíram em caminhada rumo à Barra do Ceará, um dos maiores e mais populosos bairros de a Capital e um dos mais belos cartões postais da cidade, com o encontro do Rio Ceará com o mar.

Durante a caminhada, os participantes gritaram palavras de ordem contra o golpe e em defesa da democracia. Centrais sindicais, lideranças ligadas aos movimentos sociais, parlamentares, representantes de partidos políticos e dos mais diversos setores se somaram ao protesto. "Não aceitaremos Michel Temer - Trabalhadores unidos contra o golpe", dizia uma das faixas levadas por manifestantes ao longo de todo o percurso.

Municipais nas ruas

Convocados pela Confederação Nacional e pela Federação Estadual da categoria, os trabalhadores no serviço público municipal cearense marcaram presença no ato. A secretária de Relações do Trabalho da Confetam/CUT, Carmem Santiago, a presidente da Fetamce, Enedina Soares, dirigentes nacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), como Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho, o ex-presidente da CUT/Ceará, Jerônimo do Nascimento, entre outros dirigentes, representaram o Ramo dos Municipais no ato público.

"Se essa grande farsa desse impeachment sem razão e sem juízo conseguir realmente tirar uma presidenta eleita democraticamente pelo povo brasileiro, os trabalhadores e as trabalhadoras correm sérios riscos, com graves retrocessos em um governo do conspirador Michel Temer, do criminoso Eduardo Cunha e ainda com participação do PSDB de Serra e Aécio, que não se conformam com a derrota nas urnas", afirmou o deputado federal Chico Lopes, que votou contra o impeachment na Câmara, no dia 17 de abril.  . 

Atento ao delicado momento político do Brasil, o parlamentar, que enfrentou a prisão e a tortura nos anos de chumbo, afirmou que há uma clara tentativa das elites de tomarem o poder, impondo um novo golpe de estado ao país mais de 50 anos depois do golpe de 1964. Para o deputado, um eventual governo Temer seria marcado por arrocho, retrocesso, perda de direitos e de conquistas da classe trabalhadora.

Humor cearense

Fiéis ao bom humor e à criatividade cearenses, os organizadores convidaram para o protesto sósias de Michel Temer e Eduardo Cunha. Representados por dois atores do grupo de teatro de rua Trup Tramas de Teatro, o vice-presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados chegaram a ser entrevistados pela imprensa local, quando apresentaram ao grande público o “pacote de maldades” camuflado no projeto Ponte para o Futuro.

A performance da dupla, que chegou "armada e com cédulas de dinheiro" saindo dos bolsos do paletó, revelou que as primeiras vítimas dos "malfeitores" da República serão a Constituição Federal de 1988 e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com informações do Portal Vermelho