Escrito por: Confetam

400 entidades e sete partidos protocolam pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro

Este é o primeiro pedido coletivo e foi entregue à Câmara dos Deputados na manhã desta quinta-feira (21)

Reprodução da Internet

Mais de 400 entidades dos movimentos sindical, social, popular, das juventudes e sete partidos políticos (PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP), protocolaram nesta quinta-feira, dia 21 de maio, às 11 horas, pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Esta é uma iniciativa diferente de outros pedidos de impeachment já realizados porque tem um peso político e social, uma vez que é o primeiro feito de forma coletiva e que reúne um amplo campo unitário de organizações do movimento popular, social e da juventude, além dos principais partidos de oposição no país.

Entre as entidades populares que assinam o pedido estão: Frente Povo Sem Medo, Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas, UNE, UBES, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Andes – Sindicato Nacional, Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal – Condsef/CUT, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz – ASFOC Sindicato Nacional. Também são signatários os partidos PT, PSOL, PCdoB, PCB e UP.

O pedido está baseado num conjunto de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República, tais como apoio a manifestações reacionárias pedindo intervenção militar, as carretas da morte, declarações que põem em perigo a saúde da população, ameaças constantes às liberdades democráticas duramente conquistadas na luta contra a ditadura, interferência na Polícia Federal, entre outras.

As articulações dos partidos de oposição e movimentos sociais e populares, do campo e da cidade, em torno do impeachment de Bolsonaro têm como objetivo barrar a política genocida e golpista do governo federal. Esta é a tarefa mais urgente da classe trabalhadora na atual conjuntura.

Em entrevista coletiva, após a entrega do documento, representantes cobraram do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que acate o pedido e dê andamento ao processo de impeachment.

A deputada federal e presidente do PT, Gleise Hoffman, afirmou que não há como enfrentar a crise política, democrática e de saúde pela qual passa o país, se Bolsonaro continuar governando.

“Nós temos feito tudo para ajudar o Brasil a enfrentar essa crise. O Congresso é que tem votado medidas importantes para o Brasil, para proteger o povo e na nossa avaliação, é que quem mais prejudica o país, causa instabilidade e não deixa as coisas acontecerem é Bolsonaro”, disse Hoffman.

O líder do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que a prioridade de Bolsonaro deveria ser salvar vidas, o que ele não faz. “Este é o motivo de estarmos aqui hoje. Porque Bolsonaro não é só um problema político, mas também um problema sanitário, de saúde pública”, ele disse.

Veja íntegra da entrevista coletiva relizada na manhã desta quinta-feira (21)

Um ato político, respeitando o distanciamento entre os manifestantes e com uso obrigatório de equipamentos de segurança, foi realizado logo após a entrega do pedido de impeachment ao Congresso.

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Com informações da Fenaj e da CUT Brasil