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Artigo

Deixem a mulher trabalhar!

Publicado: 28 Março, 2016 - 00h00

A eleição de Dilma Rousseff em 2010 foi um sinal de novos tempos. Dilma assume exercendo mais que o papel de presidente: ela se torna representante de um país, de ideais, de luta e traz com ela esperanças para melhorar a vida das mulheres.

Desde a vitória do seu segundo mandato, não a deixam trabalhar. A quarta vitória do projeto democrático popular atiçou a ira dos conservadores. A oposição e aliados, que em comum desejam golpear a democracia e chegar ao poder, não estão deixando o Brasil seguir avançando.

No congresso um processo de impeachment está aberto e liderado pelo Deputado Eduardo Cunha, um corrupto denunciado e réu no Superior Tribunal Federal (STF). Desta maneira, manobras são feitas para acelerar o impeachment de Dilma pelo simples fato dela ser a mulher escolhida, pela segunda vez, por mais de 54 milhões de brasileiros para governar o país.

Definitivamente não há base jurídica para o impedimento à presidenta Dilma Rousseff.

O ódio do conservadorismo chegou as ruas, refletindo nas redes, nas famílias e nos amigos a tal ponto do país estar vivendo uma caça às bruxas (Bruxas de Salém, Massachusetts, EUA 1692) chegando a ser comparado ao início do nazi-fascismo na Alemanha de 1920.

A direita raivosa, a mídia tendenciosa e parte do judiciário insuflam a população tornando-a intolerante com pessoas que defendem a democracia e o Estado de Direito e buscam todos os dias desmoralizar uma mulher com uma história de lutas, incontestável e com conduta ilibada como é o caso da Dilma Vana Rousseff.

A presidenta cresceu num tempo em que tudo era proibido e que qualquer pessoa podia ser preso apenas por escrever a palavra “Liberdade”. O povo era proibido de reivindicar melhores condições de trabalho e estudantes não podiam se organizar.  O teatro, o cinema, a literatura, o jornalismo e as artes em geral estavam sob forte censura, não existia liberdade de imprensa.

Dilma viu amigos presos, torturados, exilados e assassinados pela repressão. Viveu na clandestinidade e, para fugir ao cerco da repressão, foi mudando para diversas cidades.

Foi presa, torturada por acreditar na liberdade e na democracia.

Chegou à presidência da República pelas mãos de um metalúrgico que acreditou na garra e na luta desta mulher. Não só passou a faixa de presidente, mas Lula também passou a responsabilidade de toda a continuação da história popular deste país, em defesa da classe trabalhadora e do povo menos favorecido implementando as políticas de inclusão de vida para todos e todas.

A luta por um país justo é a principal destas responsabilidades designada a Dilma. Igualdade entre homens e mulheres na vida, na política e no trabalho faz parte da luta da primeira mulher presidente do Brasil.

Nós mulheres brasileiras já enfrentamos muitas batalhas.

Não nos deixaram trabalhar, hoje somos maioria no mundo do trabalho. Não nos deixaram votar, hoje somos maioria na população que vota. Não nos deixaram estar na política e hoje estamos na presidência da República.

Confiamos nela, só precisamos deixa-la trabalhar!

Escrito com a colaboração de  Mara Feltes